Pequi é Remoso? Entenda mais sobre o fruto.

O pequi é uma fruta típica do cerrado brasileiro, possui o tamanho aproximado de uma maçã e casca verde. 

No seu interior, tem um caroço revestido por uma polpa amarela, sabor adocicado e cheiro forte.

O fruto pode ser consumido in natura ou utilizado no preparo de pratos típicos como o arroz ou frango com pequi.

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A fruta é altamente nutritiva, pois é fonte de óleos, vitaminas e minerais essenciais para a saúde, sendo fonte de;

  • Cobre
  • Ferro
  • Magnésio
  • Potássio
  • Sódio
  • Zinco
  • Vitaminas A, B1, B2, B3 e C
  • Carotenoides
  • Fibras
  • Ácidos monoinsaturados (gorduras boas)

Apesar de tantos benefícios comprovados cientificamente, a fruta também é motivo de dúvidas entre várias pessoas.

Muitos questionam se pequi é remoso ou não, porém para sabermos a resposta é preciso entendermos esse conceito.

O que são os alimentos remosos?

Quem fez uma cirurgia ou tatuagem recentemente, precisa manter uma dieta equilibrada e restrita a alguns alimentos.

É necessária uma alimentação que não provoque nenhuma reação que atrase a cicatrização ou até mesmo inflame o ferimento.

Os alimentos remosos são aqueles que contém propriedades que podem causar reações em algumas pessoas, por exemplo, inflamação.

Desse modo, são contraindicados para quem está em processo de cicatrização da pele.

Se consumidos em excesso, podem provocar complicações durante a recuperação e piorar o processo inflamatório, dificultando a cicatrização.

Por isso, durante o período em que você estiver se recuperando é preciso ficar atento aos alimentos consumidos e seguir uma dieta regrada para evitar complicações.

Sendo assim, manter-se longe dos alimentos remosos é a melhor maneira de evitar uma inflamação ou piorar um processo inflamatório em curso. 

Afinal, o pequi é remoso ou não?

O pequi é um alimento saudável e está sendo usado até na indústria farmacêutica, as pesquisas mostram que seus nutrientes possuem ação cicatrizante e anti-inflamatória, por isso, ele não é remoso.

Estudos feitos pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), revelaram que o óleo da polpa do pequi possui compostos fenólicos que elevam a eficácia do processo de cicatrização em feridas.

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O fruto possui compostos com propriedades antioxidantes que ajudam no combate aos radicais livres, e com ação antimicrobiana, anti-inflamatória e moduladora do sistema imune

Já um outro estudo feito pela Universidade Federal de Goiás, observou que as gorduras insaturadas do pequi possuem ação benéfica na cicatrização da pele.

Inclusive, os carotenoides presentes na fruta atuam na prevenção de algumas doenças de pele e determinados tipos de infecção.

Portanto, é possível dizer que o pequi não é remoso, pois o fruto contém compostos que favorecem na cicatrização, porém, não deve ser ingerido por pessoas alérgicas ou intolerantes ao alimento.

Outros estudos sobre o pequi

Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UNB), apontou que o pequi é fonte de nutrientes que ajudam a reduzir as ações dos radicais livres.

Os radicais livres são moléculas formadas no organismo e como consequência podem causam danos às células.

Para prevenir isso é importante evitar o tabagismo e ter uma alimentação composta por alimentos naturais como frutas e legumes.

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Por fim, um outro estudo, este da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que o óleo de pequi mostrou ter efeitos quimiopreventivos.

O experimento em camundongos foi eficaz sobre lesões pré-neoplásicas em modelo de hepatocarcinogênese.

Contudo, o estudo foi realizado apenas em ratos, portanto, é preciso mais pesquisas para avaliar se o mesmo ocorre em humanos.

O Pequi é fonte de gorduras boas!

Devido aos valores elevados de ácidos monoinsaturados, o consumo de pequi auxilia na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL)

Com menos colesterol acumulado nas paredes das artérias e vasos sanguíneos, diminui o risco de doenças cardiovasculares.

Os principais ácidos encontrados na fruta, são o ácido oleico, palmítico, linoleico e esteárico.

Além disso, as vitaminas e minerais, incluindo o potássio e as propriedades anti-inflamatórias dos ácidos, ajudam a aliviar a tensão dos vasos sanguíneos e relaxá-los.

Assim, ocasiona um aumento no fluxo sanguíneo e alivia a pressão sobre o coração.

Por ser rico em vitamina A e carotenoides, o pequi é benéfico para a visão, pois previne doenças como a catarata e a degeneração macular.

Já o alto teor de fibras ajuda a melhorar a saúde digestiva, prevenindo a prisão de ventre, inchaço, cólicas e diarreia.

Outro ponto benéfico do consumo de pequi é que, por ser fonte de vitaminas do complexo B, que faz bem para a saúde do cérebro.

Junto com os minerais cobre e zinco, trabalham na prevenção de doenças neurológicas, além de fortalecer o sistema nervoso.

Seu uso na indústria

Na indústria cosmética, o pequi também está sendo cada vez mais bem aproveitado.

Com ele é possível fazer shampoos, máscaras e pomadas que garantem bons resultados aos cabelos e à pele.

Seus benefícios se dão devido à composição de ácidos graxos oleosos, que são semelhantes ao sebo da pele.

No cabelo, o óleo de pequi permite uma modelação natural, deixando os fios macios e saudáveis, sem aquele aspecto ensebado.

Cuidados com o pequi

Ao experimentar a fruta in natura pela primeira vez, é necessário extremo cuidado.

No caroço, debaixo da polpa, tem espinhos minúsculos que causam ferimentos nos lábios e na língua.

Portanto, ao invés de mordê-lo, deve-se roer o caroço devagar.

Além disso, se consumido em excesso pode causar problemas de sono, fadiga e dores de estômago.

Referências:
  • Universidade de Brasília (UnB) https://www.unbciencia.unb.br/biologicas/104-ciencias-biologicas/355-pequi-tem-propriedades-medicinais
  • Univerdidade de São paulo (USP): https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-04022015-154930/publico/SimoneMoraisPalmeira.pdf
  • Universidade Estadual do Piauí (UESPI):
  • https://www.scielo.br/pdf/rbpm/v17n4s2/1516-0572-rbpm-17-4-s2-0875.pdf
  • ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer – Goiânia, v.16 n.29; p. 229
  • https://www.conhecer.org.br/enciclop/2019a/agrar/Aplicabilidade%20do%20oleo.pdf
  • https://www.tabelanutricional.com.br/


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